Solar
LONGi, módulos fotovoltaicos eficientes para uso massivo global
Na equipa da Amara NZero continuamos a ampliar a nossa série de artigos sobre as novas tendências e, desta vez, damos uma vista de olhos ao nosso partner:
LONGi, uma das maiores fabricantes de módulos do mundo.

A LONGi no mundo fotovoltaico
Para termos uma ideia da importância da LONGgi no mundo fotovoltaico, é preciso ver os números:
Em 2022, foram instalados em todo o mundo 295 GW, dos quais a LONGi teve a capacidade de instalar 65 GW, ou seja, 22% de todas as instalações mundiais. Esta grande quantidade de módulos instalados asseguraram-lhe o primeiro posto de fabricantes seguido pela Trina Solar, com uma capacidade de 50 GW, tal como podemos ver no gráfico.
Com uma posição tão forte no mercado, a LONGi é capaz de influenciar as novas tendências tecnológicas e pautas do mercado.
Atualmente, a LONGi é a maior fabricante de módulos fotovoltaicos do mundo e está cotada na Bolsa de Valores de Xangai.
História
A LONGi foi constituída no ano 2000 por Li Zhenguo, graduado em Física pela Universidade de Lanzhou e atual presidente da empresa. Escolheu o nome Longi em honra de um reitor da Universidade de Lanzhou, Jiang Longji.
Em 2015 a empresa tinha o nome de “Xi'an LONGi Silicon Materials Corporation”, com sede em Xangai. Nesse mesmo ano, depois de integrar a “Lerri Solar”, mudou de nome e assumiu a denominação atual “LONGi Green Energy Technology Co Ltd”.

Atualidade
A LONGi produz pastilhas e módulos fotovoltaicos, a maior parte dos seus módulos em 17 fábricas, repartidas por toda a China e também em países como a Malásia e o Vietname, proporcionando emprego a mais de 60 000 pessoas.
Para ter um ponto de referência da dimensão da empresa, é como se em todo o setor fotovoltaico de Espanha trabalhassem atualmente umas 100 000 pessoas. É um grande número, sem dúvida, mas se a Longi fosse uma fabricante espanhola, cada terceiro empregado em fotovoltaica seria da Longi.
Desde a aquisição da Lerri Solar, a LONGi não deixou de apresentar novos desenvolvimentos em módulos fotovoltaicos, os quais apontam sempre para dois objetivos importantes: Aumentar a potência com o custo mais baixo possível.
Atualidade tecnológica
Desde os inícios do desenvolvimento de novas tecnologias fotovoltaicas houve diferentes inovações que marcaram pontos de inflexão, muitos dos quais no que se refere à redução de custos e ao aumento de eficiência ou a ambos.
Entre 2015 e 2020 foram os anos em que se impuseram novas tecnologias, tais como:
* O monocristalino impôs-se sobre o policristalino
* O PERC superou o BSF
* As células cortadas substituíram os módulos de células inteiras
* Os módulos bifaciais substituíram módulos monofaciais
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Embora seja certo, que a LONGi não foi a inventora de todas estas tecnologias, a empresa manteve-se na vanguarda do desenvolvimento de utilizações em massa e, ao mesmo tempo, da redução dos custos de produção.
Hoje em dia, os fabricantes estão a discutir o uso de células de diferentes tamanhos:
M10 e G12.

A Longi promove de forma massiva o uso de células M10, enquanto outros fabricantes chineses lideres apostam por células G12.
O que permite ver a transição de outras tecnologias:
- Os PERC tipo n substituem os módulos PERC tipo p.
- Os módulos dopados com gálio, em vez de fósforo.
- O uso de multi-busbars (MBB) em vez de 3-5 busbares.
- Os módulos TOPCon, que substituem os módulos PERC.
Futuro tecnológico
Para onde vamos tecnolgicamente?
É uma pergunta muito complexa, uma vez que tecnologias como HJT ou contactos traseiros estão a ser desenvolvidos em menor escala, mas podem ter um salto quantitativo considerável nos próximos anos.
Ao mesmo tempo, vislumbra-se uma tecnologia completamente nova como a Perovskita. Este composto desenvolvido espera a sua estreia no cenário fotovoltaico dentro de poucos anos.
E como se posiciona a Longi perante uma avalanche tão grande de avanços tecnológicos?-
Atualmente, os módulos da série Hi-MO 6 lideram a oferta tecnológica da Longi. Reúnem diferentes tecnologias de ponta:
- Contactos traseiros
- Dopagem com gálio
- Célula cortada
- Passivação com hidrogénio (HPBC)
- Eficiência do módulo: 22 %
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Conclusões
Nos últimos 20 anos assistimos a um desenvolvimento tecnológico fotovoltaico sem precedentes. Partindo de uma tecnologia marginalizada que em poucos anos conseguiu uma implementação que ninguém teria imaginado, até ao desenvolvimento necessário, visto a partir dos desafios das alterações climáticas e que ainda não se mostra saturada.
Provavelmente, daqui a 20 anos haverá inúmeras invenções e novidades que rompam as barreiras da tecnologia. Temos a certeza que a Longi continuará a ser uma das empresas mais vanguardistas do setor fotovoltaico mundial.