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Solar

Garantias de módulos fotovoltaicos: As chaves para proteger seu investimento


Da equipa da Amara NZero, continuamos a ampliar a nossa série de artigos em que falamos sobre a qualidade técnica dos equipamentos. Nesta ocasião, queremos falar sobre as garantias de produto e produção que o comprador de um módulo recebe ao comprar um módulo fotovoltaico e explicar a que parâmetros devem prestar mais atenção na hora de tomar decisões.

Garantia Certificada

Vida útil de una planta fotovoltaica

A priori, as instalações fotovoltaicas devem ou deveriam trabalhar sem incidentes durante muitos anos. Os seus geradores de eletricidade, os módulos, podem funcionar sem problemas 50 ou mais anos. Uma das instalações fotovoltaicas mais antigas da Europa está em Lugano, Suíça e está a funcionar há 40 anos:

 

A instalação fotovoltaica mais antiga da Europa
A instalação fotovoltaica mais antiga da Europa

 

Segundo um estudo feito em 2017, a instalação ainda rende aos 80%, um valor muito bom, que corroboram as promessas feitas pelos fabricantes atuais, os quais garantem rendimentos parecidos durante aproximadamente os primeiros 30 anos de vida.

Garantias para módulos fotovoltaicos – que riscos cobrem

Todos os fabricantes de módulos fotovoltaicos concedem voluntariamente garantias para os seus produtos. O objetivo destas garantias, a priori, é transmitir ao comprador a tranquilidade de ter comprado um produto com a qualidade suficiente como para que possa confiar nele um longo tempo.

Habitualmente, as garantias cobrem dois grandes riscos principalmente:

  • Segurança operativa: problemas provocados por falhas durante o fabrico.
  • Potência: o fabricante garante um rendimento mínimo durante um determinado tempo.

 

Garantia do produto

Esta garantia cobre os defeitos que o módulo possa ter por falhas no processo produtivo. As falhas mais habituais costumam ser as seguintes:

 

Imagem removida.
Defeitos da caixa de ligação: caixa aberta, caixa mal aderida, ligação interna defeituosa

 

Módulo com delaminações
Módulo com delaminações

Algumas falhas são vistas com uma simples inspeção visual antes de instalar, enquanto outras, como as delaminações, acontecem durante a operação e depois de um período tempo de exposição à intempérie.

Hoje em dia e enquanto os módulos sejam uma combinação de vidro-polímero ou vidro-vidro, os fabricantes concedem e concederão uma garantia de produto de aproximadamente 10-12 anos.

 

Garantia de rendimento

Se para a garantia de produto os fabricantes não dedicam muitas cláusulas, isto muda quando falamos da garantia de rendimento ou potência de saída.

A garantia de rendimento pode ser analisada dando uma vista de olhos a praticamente qualquer folha técnica de produto. Segue-se um exemplo:

Imagem removida.
Garantia de rendimiento

Os fabricantes oferecem uma garantia linear de entre 20 e 30 anos sobre o rendimento. Pelo desgaste natural do material, aplicam-se uns fatores percentuais de degradação de maneira anual, neste caso 0,55%. Só no primeiro ano, este valor pode ser mais alto, devido sobretudo a um defeito, conhecido como LID, que reduz o rendimento entre 2% e 3% no primeiro ano.

A base para os cálculos é a potência nominal indicada na folha técnica. Um exemplo: comprei e paguei um módulo de 400 Wp nominal. No caso que vemos na imagem anterior, este módulo pode ter ao final do primeiro ano uma potência de menos 2%, isto é 392 Wp. A partir do 2.º ano, aplica-se o fator de degradação de 0,55%, isto é, ao final do 2.º ano, o módulo deve ter, no mínimo, uma potência de 389,84 Wp e, nos anos consecutivos, reduzir 0,55% de cada valor do ano prévio, até chegar ao 25.º ano, onde a potência mínima fica em 83,1% da potência nominal, ou seja 332,40 Wp.

Exclusões

Certamente, para que o fabricante se torne responsável em caso de reclamações, existem certas condições que estes exigem. A principal e mais importante é que só aceitam reclamações quando os módulos foram instalados segundo a sua versão vigente do manual de instalação. Além disso, a garantia de produto exclui possíveis defeitos por desgaste natural, como podem ser riscos, deformações, descoloração ou mofo.

Alguns fabricantes são mais exigentes e estabelecem que se o comprador conhecia as falhas do produto antes de levar a cabo a instalação e ainda assim decidiu instalá-los, então este se deve encarregar dos custos de correção. Para evitar isto, o comprador deve fazer uma inspeção visual de cada módulo antes de o instalar. Isto, como imaginarão, é possível se comprar 5 módulos, mas e se comprar 5000?

Uma possível solução rápida e económica é estabelecer uma amostra representativa e encarregar a um laboratório especializado a dita inspeção visual.

Para delimitar mais riscos, os fabricantes costumam estabelecer outras isenções de responsabilidade, as mais comuns são:

  • Eventos climáticos extremos (neve, granizo, contaminação...)
  • Incidentes do meio elétrico dos módulos (falhas de rede, bicos de sobretensão...)

Um aspeto muito importante é o lucro cessante, isto é, os kWh que o módulo não produz por o ter desinstalado. Estes benefícios não gerados não são compensados pelos fabricantes.

 

O que acontece se se passar alguma coisa?

 

Em primeiro lugar, o cliente deve dar-se conta de que algo não está bem. É fácil, em caso de incêndio, mas se quiser ero avaliar o rendimento de uma instalação, deve fazer constantemente um seguimento e a comparação com os valores teóricos. Para isso, podemos levar a cabo uma simulação com softwares especializados e uma correta monitorização. De qualquer forma, estas medidas, sendo altamente recomendáveis, podem gerar um custo excessivo para uma instalação residencial pequena...

Se existir a monitorização adequada e se detetar um rendimento abaixo do esperado (underperformance), o dono ou operador deve fazer testes para encontrar o motivo culpado. Se se chegar à conclusão (caso muito frequente) que são os módulos fotovoltaicos os culpados da baixa produção, o dono deve apresentar uma reclamação ao fabricante e seguir os passos que descritos nas garantias. Para isso, se os equipamentos tiverem sido adquiridos à Amara NZero, pode contactar o nosso serviço técnico e contará com suporte técnico durante toda a vida útil do produto.

Normalmente, o dono da instalação fotovoltaica deve apresentar a documentação exigida pelo fabricante de módulos solares, o que inclui as provas que demonstram que o motivo do baixo rendimento são os módulos. Aqui é quando podem começar os problemas já que os fabricantes só aceitam resultados de medidas feitas em condições determinadas e concretas, chamadas “Condições Standard de Medição” ou STC. Estas condições são: irradiância de 1000 [W/m2], temperatura superficial de 25 °C e um valor espetral de 1,5 [AM]. Estas condições só podem ser geradas em laboratórios especializados... Por isso, caso o proprietário da instalação fotovoltaica tenha suspeitas, tem de desinstalar os módulos, mandá-los para o laboratório e medi-los, assumindo ele os gastos. Depois, deve apresentar os resultados da dita análise ao fabricante e, se o fabricante aceitar a responsabilidade, este devolver-lhe-á os custos derivados das provas. Como imaginará, isto implica um risco considerável para o dono já que pode assumir custos que posteriormente não lhe seriam compensados.

 

Prestações para reclamações aceites

Se, no final, o fabricante aceitar uma reclamação, pode escolher entre:

  • Reparar os módulos afetados
  • Substitui-los
  • Compensar economicamente (excluindo as perdas de produção)

 

Devido à natureza dos defeitos, uma reparação é quase sempre impossível ou demasiado custoso, pelo que as opções mais comuns costumam ser a substituição ou a compensação económica. Se o fabricante escolher substituir os módulos fotovoltaicos afetados, os custos de transporte recaem sobre o dono da instalação, se o fabricante escolher compensar economicamente, compensa o valor residual do módulo ou a diferença entre a potência garantida e real.

Controlos de qualidade

Para compensar as dificuldades de processar uma reclamação com êxito, existe uma solução eficiente e comprovada, que aumenta consideravelmente as possibilidades de ganhar, além de reduzir riscos e aumentar o rendimento dos módulos: os controlos de qualidade prévios.

Podem ser feitos antes, durante ou depois do fabrico dos módulos. Proporcionam de maneira rápida e económica os dados comprovativos para realizar uma reclamação, caso seja necessário.

Além disso, se, por exemplo, forem feitas medições de potência de alta precisão num laboratório especializado, antes da instalação, os resultados constituem uma base excelente para calcular o bom funcionamento e a prevenir o baixo rendimento.

Conclusões

O caminho até ao êxito em caso de reclamação é longo e custoso... Só tem sentido se a instalação tiver um tamanho considerável ou se contar com o suporte de um distribuidor como a Amara NZero, que dá suporte durante toda a vida útil do produto. Caso contrário, a elaboração de documentação, os custos das provas e os custos relacionados com a logística de módulos de substituição podem ser tão elevados que, muitas vezes, é mais rentável comprar módulos fotovoltaicos novos.

Prevenir e minimizar riscos compensa a longo prazo e proporciona rendimentos adicionais reais para uma planta fotovoltaica. As garantias dos fabricantes de módulos muitas vezes podem não apresentar todas as vantagens que gostaríamos se a reclamação não for acompanhada de controlos de qualidade constantes.

Trabalhar com os melhores fornecedores não é uma opção, é uma necessidade. Por isso, na Amara NZero, apenas trabalhamos com fabricantes que garantem um nível ótimo de exigência e que sabemos que estarão sempre prontos para lidar com qualquer imprevisto. Não hesite, na hora de escolher os fabricantes dos seus equipamentos, priorize sempre a qualidade. Visite o nosso portal e conheça os diferentes fabricantes com os quais trabalhamos.